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terça-feira, 11 de janeiro de 2000

General Gomes Freire de Andrade - Sec. XVIII/XIX

História Local

 

Amarense por descendência?...
este militar cujo nome "ainda hoje é venerado como um dos grandes maçons e mártires da Liberdade de todos os tempos, tendo sido numerosas as lojas crismadas com o seu nome e abundantes os iniciados que o escolheram como nome simbólico" e que morreu às mãos do moribundo absolutismo régio e com a absoluta cumplicidade material e moral da "regência" de um Portugal convertido em província do Brasil e onde mandavam estrangeiros, é heroi e mártir das lutas liberais que conduziram à Revolução de 24 de Agosto de 1820 (dois anos após a sua execução no Forte de S. Julião da Barra); é um símbolo do Humanismo e dos valores humanistas que caracterizaram o séc. XIX e que, no seu eixo principal, são os mesmos do 25 de Abril de 74. Numa hermenêutica mais ampla ou abrangente, Gomes Freire de Andrade também é um precursor de Abril, também é um "Capitão de Abril" . 

 A "Revolução Liberal" portuguesa do início do séc. XIX teve dois grandes momentos, uma primeira revolta em 1817, frustrada, supostamente chefiada pelo General Gomes Freire de Andrade e o pronunciamento Militar do Porto a 24 de Agosto de 1820 que resultou vitorioso, levou ao fim do Absolutismo Régio (o  "Velho Regime") e da Sociedade das Ordens e criou as condições para a Primeira Constituição Portuguesa (1822) e para a implantação da Monarquia Parlamentar.

Após a revolta fracassada de 1817, a "Regência" fez Freire de Andrade no Forte de S. Julião da Barra, vindo a executá-lo por enforcamento em outubro de 1817, junto com mais 11 oficiais do exército.

 preparação da execução de Gomes Freire de Andrade

Após as execuções, Lord Beresford, o britânico a quem fora confiado pela Dinastia de Bragança refugiada no Brasil o posto de comandante-em-chefe do Exército português e era o regente de facto do reino de Portugal e que, alegadamente, porque se sentiu desautorizado (alegadamente, havia pretendido suspender a execução da sentença até que fosse confirmada pelo soberano, "tendo-se a Regência melindrando de semelhante insinuação como se sentisse intuito de diminuir-se-lhe a autoridade, imperiosa e arrogante ordena que se proceda à execução imediatamente"), deslocou-se ao Brasil para pedir mais poderes  a D. João VI, que lhe foram concedidos. Mas tendo as execuções de Gomes Freire e dos seus pares intensificado a revolta liberal e a tendência anti-britânica e levado à bem sucedida Revolução do Porto (de 24 de Agosto), quando Beresford regressou do Brasil era já um homem deposto (bem como a "Regencia"), tendo sido impedido de desembarcar em Lisboa e obrigado a ao Brasil...

Gomes Freire de Andrade na visão de Sttau-Monteiro: