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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O "Conservadorismo" secular de Amares II - antiliberal e vingativo


Neste segundo episódio (aliás, primeiro, atenta a cronologia) datado de 1824 e assinado por... um anónimo, juiz, ao que parece que, sob o preconceituoso título (o anti-judaísmo já vem de longe!)  de "A SYNAGOGA DE AMARES", é meticulosamente construída uma delação que, num teor comparado ao "Príncepe" de Maquiavel (ainda que bem mais comezinha em termos de dimensão e contexto e mesquinha em termos de intenções e proveito) faz depois a "denúncia" com detalhe de nomes, moradas e até parentesco de (...) hum punhado de Demagogos, sobrecarregados de enormes e gravissimos crimes,, desmascarada a vil impustura. pestifera hypocrisia, sob·o pretexto e falso zelo para com a Pessoa de Sua Magestade e seu legitimo Governo, abrio as portas á calumnia, e á vingança particular: e soltando as rédeas da sua desenvoltura, irreligião, e depravada moral, não tem deixado de vexa, opprimir, e inquietar os honrados habitantes daquelle Concelho·, obedientes ás Leis, Governo, e Authoridades constituidas, e que sempre amárão o socego, e tranquilidade publica e particu1ar (...).

Sabendo conhecida a instabilidade política e de "regime" que assolou Portugal imediatamente após a "fuga" dos Braganças para o Brasil, não é de crer que de tão pouco nobre delação tenham resultado quaisquer consequências e muito menos o auto-de-fé que manifestamente pretendia o seu autor. Mas que a brochura existe, existe. E que envergonha...também.

História Local

1824:

Brochura de 43 páginas publicada pela "Impressão da Rua Formosa (Lisboa) contendo uma denúncia detalhada de um suposto grupo de cidadãos "organizados" para a prática de peculato, de conspiração e outras subversões...








terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O "Conservadorismo" secular de Amares I - Casa da Eyra é "Miguelista"

Com excepção de D. Gualdim Pais (e aceitando a discutível tese de que é de Amares a suas ascendência), praticamente todos os nomes "históricos" de Amares estão do lado da "situação" e contra a revolução ou a mudança. É dos Vasconcelos de Amares o famoso Conde Andeiro (Miguel de Vasconcelos) que os restauradores de 1640 "encontraram" escondido dentro de um armário (e terão atirado da varanda). É de Amares - ou tem aqui ascendência - o Marquês de Montebelo que fazendo parte da corte de Filipe III (IV de Castela), abandonou com este o país quando a "Restauração" pôs termo à terceira dinastia, tendo passado a viver em Castela. Passados quase dois séculos, esse conservadorismo ou "situacionismo" continuava a manifestar-se...

Neste primeiro episódio datado do início do séc. XIX, temos o Rei D. Miguel (o "Absolutista") a atribuir uma medalha com a sua esfinge a  uma vasta lista de seus vassalos (ou "leais", contando-se nesta várias personalidades de Amares e praticamente todos os membros da casa da Casa da Eyra de então:




quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

"A Synagoga de Amares"

História Local
1824:

Brochura de 43 páginas publicada pela "Impressão da Rua Formosa (Lisboa) contendo uma denúncia detalhada de um suposto grupo de funcioarios organizados para a prática de peculato...